A metodologia Design Thinking é utilizada para a resolução de problemas. No meio educacional, promove aprendizagem investigativa, proporcionando trabalho colaborativo e desenvolvendo a empatia. Nesse modelo, o estudante participa como formador de conhecimento e não apenas como um receptor da informação.
Quer saber como você pode utilizar esse método para garantir um aprendizado prático para os seus alunos? Confira a matéria abaixo!
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O que é Design Thinking?
O Design Thinking tem como premissa uma perspectiva centrada em humanos, contemplando as necessidades individuais. Não existe uma forma correta de aplicá-lo. O que existe são etapas a serem exploradas como processo de resolução de problemas.
Quando utilizadas em sala de aula, essas etapas trazem maior dinamismo, envolvimento e despertam o sentimento de pertencimento nos estudantes. Ao propor um novo processo de aprendizagem, o Design Thinking colabora para um redesenho das aulas.
Como funciona o Design Thinking em sala de aula?
O Design Thinking funciona como uma proposta de ensino focada no ser humano. Com essa abordagem, os professores podem estimular a capacidade de cada aluno de pensar criticamente, preparando-os para inovar, melhorando algum produto, processo, o ambiente escolar ou algo na comunidade. Pode ser algo fictício ou real.
Essa metodologia na área educacional é capaz de integrar as necessidades individuais dos estudantes com aquelas do coletivo para que eles encontrem soluções que melhorem o trabalho em equipe, o ambiente da sala de aula, escolar e o mundo. Além disso, pode auxiliá-los a encontrar formas de construir uma carreira profissional bem-sucedida (quando se tratar de ensino superior).
Como implementar o Design Thinking em sala de aula?
Na prática, essa metodologia é dividida em cinco grandes áreas, sendo elas: descoberta, interpretação, ideação, experimentação e evolução.
Para que se consiga aplicar o Design Thinking, é muito importante compreender como o processo deve transcorrer para alcançar bons resultados. Não existe uma receita ou manual a serem seguidos, mas é fundamental manter uma sequência lógica para que os estudantes consigam entender como se dá o processo de planejamento e busca por soluções.
Antes de começar, sugerimos que sua turma seja dividida em pequenos grupos de quatro a seis alunos. Para compreender melhor como conduzir um trabalho em grupo, acesse o Ebook “4 passos para mentoria de pequenos e grandes grupos”.
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Descobrir um problema / Descoberta
A partir da realidade vivenciada pelos estudantes, seus conhecimentos e experiências, defina um problema que possa impactar significativamente um grupo. Procure algo que ainda não tenha sido sanado para estimular a criatividade e a inovação.
Quanto a escolha do problema, você pode ir de uma ação menos restritiva para uma mais restritiva:
Não existe uma opção melhor ou pior. Você precisa refletir sobre qual é a mais apropriada para o contexto que leciona.
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Interpretar o problema / Descoberta
Essa etapa é fundamental. Coloque os alunos em contato com fontes primárias e secundárias, fotos, vídeos, desenvolva uma pesquisa qualitativa e quantitativa, enfim…mostre a importância de que conheçam bem aquilo que pretendem resolver, evitando senso comum.
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Pensar em soluções / Ideação
Cientes do problema de forma clara, peça para que reflitam e encontrem as soluções cabíveis para a questão. Técnicas de brainstorm são fundamentais nesse momento. Essa etapa é também conhecida como ideação, pois se trata do levantamento de ideias. Estimule o não julgamento e o respeito.
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Desenhar a solução / Experimentação
Na terceira etapa, é hora de desenvolver o projeto de forma concreta. Os estudantes devem encontrar informações e recursos que viabilizem as ideias saírem do papel para se tornarem de fato – uma solução. Para tornar tudo mais claro, peça para fazerem um relatório e um protótipo.
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Analisar os projetos / Evolução
É interessante que essa fase de análise dos projetos seja feita por toda a sala. Dessa maneira, cada grupo deve expor as soluções que encontrou, de modo que todos tenham a oportunidade de participar. Além disso, trazer pessoas de fora pode ser ainda mais estimulante e construtivo.
A ideia é identificar aspectos que possam ser melhorados em cada um dos projetos. A metodologia Design Thinking é um processo que proporciona melhorias constantes, então, uma vez feita a análise das ideias e soluções propostas, assim como os aperfeiçoamentos que podem ser realizados, você deve permitir que os estudantes aprimorem os seus projetos aproveitando as críticas construtivas que foram expostas.
Quais são os benefícios do Design Thinking na educação?
Agora que você já sabe o que é a metodologia e como ela funciona, confira alguns benefícios que ela traz para a sua sala de aula:
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Propicia a inovação e a criatividade
O Design Thinking reúne métodos para abordar qualquer tipo de problema, quando utilizado na educação, ele incentiva a inovação e a criatividade dos alunos. Diante de um problema que deve ser resolvido ou na estruturação de um projeto, os alunos são convidados a saírem do lugar comum e criarem algo novo. Como professores, precisamos acreditar que algo de realmente bom pode ser produzido pelos nossos alunos.
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Propaga a empatia
A metodologia é baseada essencialmente na empatia, uma vez que exige que o seu aplicador observe os problemas pelos olhos de quem os sofre. Com isso, há a provocação de um mergulho no transtorno enfrentado, gerando um entendimento muito próximo da realidade. Dessa maneira, fica mais simples entender as vivências, experiências e histórias reais.
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Incentiva o trabalho focado em soluções
O uso da metodologia de Design Thinking na sala de aula acrescenta praticidade ao processo de aprendizagem. A abordagem envolve os alunos na criação de uma solução, permitindo que eles contribuam, a partir da união de suas próprias experiências, para melhoria da realidade. A ideia é que cheguem a um consenso benéfico para todos e resolvam o problema da melhor forma que puderem.
O Design Thinking na educação é capaz de tornar o aluno mais participativo, aprimorando a sua capacidade de trabalhar em equipe e de se colocar no lugar do outro. Essas são habilidades essenciais para que o indivíduo seja bem-sucedido na vida social e no mercado de trabalho!
Qual seria a diferença do Design Thinking para o PBL?
O método em si é diferente. Você percorre etapas distintas!
Muito proveitosa as suas dica. Pois estou fazendo um trabalho de PIAF do programa PEI. Lendo o livro ,estou encantada com essas dicas maravilhosas. Obrigada, obrigada.